Segundo a Promotoria, filho estaria envolvido em esquema de extorsão que levou à queda de general no Amazonas.

No estado do Amazonas, foi revelado um suposto esquema de extorsão de grupos criminosos que resultou na demissão do general Carlos Alberto Mansur do cargo de secretário de Segurança Pública. O filho dele também estava envolvido, ocupando um cargo no governo de Wilson Lima.

Segundo as investigações do Ministério Público do Amazonas, por meio do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), agentes de segurança pública vinculados ao Núcleo Especializado em Operações de Trânsito (Neot), coordenado pelo filho do general, estariam praticando extorsão. O esquema utilizava placas frias em veículos oficiais.

Na última terça-feira (29), foi deflagrada a Operação Comboio, que resultou na realização de mandados de busca e apreensão nos endereços de pai e filho. O general Mansur foi preso em flagrante pela Polícia Federal por posse irregular de arma de fogo, mas foi solto após o pagamento de fiança.

A defesa do general alegou que o militar não foi alvo de mandado de prisão e que ele foi conduzido apenas por uma irregularidade administrativa, relacionada ao cadastro de endereço desatualizado. Segundo os advogados, a arma de fogo encontrada na residência pertence ao filho do general. A defesa afirmou ainda que o general é inocente e que sua conduta é ilibada.

Após a operação, o governador do Amazonas demitiu o general do cargo de Segurança Pública, alegando que a medida foi tomada para evitar interferências nas investigações. Além disso, servidores efetivos foram afastados e outros comissionados foram exonerados.

Segundo as investigações da Promotoria, o Neot realizava ações armadas de repressão, mesmo sem ter essa finalidade. O coordenador, filho do general, indicava pessoas para cargos e continuou participando de operações mesmo após sua exoneração.

O esquema envolvia o uso de comboios de carros e viaturas da secretaria para extorquir grupos associados ao tráfico. Os investigadores afirmaram que uma organização criminosa atuava dentro da secretaria para angariar dinheiro e garantir sua impunidade. Os crimes investigados são corrupção ativa, peculato e lavagem de dinheiro.

A Procuradoria-Geral de Justiça ingressou no caso devido ao envolvimento de uma autoridade com foro privilegiado, o então secretário de Segurança Pública. A Polícia Federal foi acionada para atuar na investigação devido à suposta participação de policiais militares e civis.

As investigações irão continuar, e as autoridades competentes se encarregarão de esclarecer os fatos. A conduta do general será apurada, assim como a participação de seu filho no esquema de extorsão. A sociedade aguarda por justiça e transparência nas apurações.

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