Segundo informações da Defesa Civil, 80% dos municípios gaúchos foram afetados pelas chuvas, com 336 cidades decretando estado de calamidade pública. A população total atingida chega a 83% do total de habitantes do estado, exacerbando a situação de crise.
Até o momento, foram registradas 95 mortes, 48 mil pessoas desabrigadas e 1,4 milhão de indivíduos prejudicados pelas enchentes. A falta de energia elétrica tem agravado a situação, com 450 mil imóveis no escuro e a paralisação de estações de tratamento de água em Porto Alegre.
Diante desse cenário crítico, parte da população tem optado por deixar a cidade em direção ao litoral, buscando abrigo e suprimentos básicos. Supermercados têm racionado a venda de água devido à escassez, levando os moradores a adotarem medidas emergenciais para garantir a sobrevivência.
A previsão de retorno das chuvas no estado aumenta a preocupação das autoridades e da população, que tem enfrentado uma das piores crises naturais da região. Nesse contexto, famílias têm se deslocado para cidades litorâneas, adaptando-se a uma realidade de falta de recursos e incertezas quanto ao futuro.
O fechamento do aeroporto de Porto Alegre tem dificultado o fluxo de saída da região, reforçando a necessidade de deslocamento por terra para garantir a segurança das pessoas afetadas pelas enchentes. Diante desse quadro desolador, a solidariedade e a mobilização das autoridades e da população se fazem essenciais para amenizar os impactos dessa crise sem precedentes.