No Colégio Estadual Júlio de Castilhos, abrigo temporário para os resgatados e recebimento de doações, encontramos André Ramos, um dos primeiros a ser socorrido após ser resgatado das águas em Canoas. André, trabalhador da construção civil, deixou sua filha aos cuidados da avó quando a água começou a subir em sua casa. Sem ter como voltar para Canoas devido ao racionamento de água em sua área de trabalho, ele se abrigou no colégio, onde recebeu não apenas ajuda, mas também se tornou voluntário.
Outro ponto de abrigo lotado é a Sogipa, que recebe os resgatados para triagem, atendimento médico e fornecimento de roupas e comida. A técnica de nutrição Victoria de Oliveira, grávida de 13 semanas, compartilhou sua história de pânico no bairro Humaitá, onde a água quase atingiu sua barriga. Moradores de diferentes regiões afetadas descreveram momentos de tensão e solidariedade durante o resgate.
Além disso, a cidade de Porto Alegre enfrentou congestionamentos nas saídas rumo ao litoral devido à recomendação de evacuação dos bairros Cidade Baixa e Menino Deus, que tiveram ruas inundadas pelas águas do lago Guaíba. O prefeito Sebastião Melo sugeriu a evacuação como medida de segurança, prevendo o retorno das chuvas à região metropolitana a partir do dia seguinte.
A situação de emergência permanece na região, com resgates, abrigos e voluntários atuando incansavelmente para ajudar os afetados pelas fortes chuvas no Rio Grande do Sul. A solidariedade e a força da comunidade estão em evidência em meio a essa tragédia, mostrando a resiliência e união do povo gaúcho diante das adversidades naturais.
