Em Arroio do Tigre, o momento em que a água invadiu e inundou rapidamente o salão de entrada de um hotel foi registrado pelas câmeras de segurança no dia 30 de abril, logo no início das fortes chuvas. Além disso, uma ponte de ferro foi encontrada torcida a 400 metros de distância de sua localização original, conforme informações divulgadas pela prefeitura.
Em Sobradinho, os moradores já começaram a se livrar dos móveis danificados pelas águas. Muitas casas tiveram suas paredes arrancadas pela enxurrada e a ponte principal de entrada da cidade sofreu danos estruturais.
Na cidade vizinha de Cruzeiro do Sul, com 11 mil habitantes, o rio Taquari causou severos estragos, levando o município a declarar estado de calamidade pública. Várias residências foram destruídas, carros foram encontrados capotados e grande parte da documentação dos agricultores foi perdida.
Em São Sebastião do Caí e Harmonia, localizadas no vale do Caí, os moradores se depararam com móveis, cadeiras e até uma mesa de carpinteiro com serra circular em cima de telhados. O nível histórico do rio Caí alcançou 17,6 metros, trazendo mais desafios para a região.
Em Venâncio Aires, a Vila Mariante foi submetida à primeira vistoria após mais de 4.800 pessoas deixarem suas casas. O prefeito Jarbas da Rosa e o chefe da Defesa Civil municipal, Luciano Teixeira, que navegaram de barco até o local, estimam que cerca de 80% das construções sofreram danos parciais ou totais, com postes derrubados e infraestrutura comprometida.
Diante dessa situação, o prefeito declarou que é impossível mensurar totalmente os estragos e que a recuperação da Vila Mariante ainda demandará tempo, visto que serviços básicos como luz, água e infraestrutura estão comprometidos.
Esses são relatos de uma das maiores catástrofes já enfrentadas pelos moradores do estado, que buscam se reerguer diante da destruição causada pelas fortes chuvas e enchentes que assolaram o Rio Grande do Sul.