Petrobras busca autorização do Ibama para perfuração de poço no litoral do Amapá em meio a embate público ambiental

A Petrobras está empenhada em retomar as negociações com o Ibama para receber autorização visando a realização de um simulado de perfuração do primeiro poço no litoral do Amapá. A intenção é iniciar essa atividade já em outubro, quando a sonda necessária estará disponível. Essa solicitação já havia sido negada pelo Ibama quase um ano atrás, desencadeando um confronto público entre os setores energético e ambiental do governo, que discordam sobre os possíveis impactos da atividade petrolífera na área considerada sensível ambientalmente.

O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, ressaltou a importância da empresa em obter essa autorização, afirmando que a sonda estará liberada em agosto, o que permitirá à empresa iniciar uma nova tentativa de impulsionar o projeto. Ainda que a empresa tenha cumprido todas as exigências preliminares feitas pelo Ibama, a autorização final ainda é aguardada.

A Petrobras defende que a descoberta de novas fronteiras exploratórias é crucial para garantir a autossuficiência do Brasil na produção de petróleo e evitar a necessidade de importação no futuro. Além disso, a empresa afirma ter condições de realizar as operações de forma segura, contando com o apoio do Ministério de Minas e Energia, líderanças políticas locais e do setor de petróleo.

No entanto, enfrenta oposição do Ministério do Meio Ambiente e de organizações ambientalistas. O Ibama já havia negado licenças para a Perfuração de poços na margem equatorial anteriormente, o que evidencia a polarização de opiniões em torno da exploração de petróleo nessa região.

Prates destacou que a discussão sobre a exploração de petróleo na Amazônia é um dos grandes embates da transição energética mundial, ressaltando a importância estratégica dessa atividade para a manutenção da reserva de petróleo do país e a busca por uma fronteira distante da costa, longe de áreas ambientalmente ameaçadas.

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