Milton Leite: o vereador que se tornou o verdadeiro prefeito de São Paulo, acumulando poder e influência por sete mandatos consecutivos

O vereador Milton Leite surgiu na política paulistana em 1997, assumindo seu primeiro mandato como vereador na Câmara de São Paulo. Desde então, sete prefeitos passaram pelo comando da cidade, mas ele permanece inabalável e acumulando poder e influência.

Com 68 anos, Leite está em seu sétimo mandato consecutivo. Além disso, ele assumiu a presidência da Casa por seis mandatos, sendo os últimos quatro de forma consecutiva. Isso só foi possível depois de mudanças nas regras que permitiram sua reeleição por três vezes seguidas.

Considerado uma figura muito poderosa na administração municipal, o vereador do União Brasil chamou a atenção da política local ao anunciar que não disputaria uma eleição proporcional pela primeira vez em 30 anos. No entanto, ele se manteve firme em sua decisão.

Leite chegou a se oferecer como candidato a vice na chapa do prefeito Ricardo Nunes, mas a probabilidade de sucesso nessa empreitada é considerada mínima. Recentemente, seu nome foi arrolado como testemunha em uma investigação sobre a ligação de empresas de ônibus com a facção criminosa PCC, na Operação Fim da Linha.

As relações de Leite e da família Tatto com o movimento de perueiros da zona sul e as suspeitas de ligação do PCC com lideranças desse setor têm sido alvo de investigações ao longo dos anos. O vereador já esteve envolvido em casos polêmicos, como o contrato entre sua empreiteira e cooperativas de transporte.

Mesmo diante dessas controvérsias, Leite se consolidou como uma das figuras mais influentes da política paulistana. Ele exerce forte ascendência sobre a maioria dos 55 vereadores da Câmara, o que o torna peça-chave na aprovação de projetos estratégicos para a cidade, como o Orçamento municipal e a privatização da Sabesp.

A possível aposentadoria política do vereador é vista com desconfiança, pois ele desfruta de um dos momentos de maior poder em sua carreira. Caso não seja escolhido como vice de Nunes, há especulações de que possa concorrer a cargos de deputado federal ou senador em 2026. Sua saída da política é questionada por aqueles que o veem como alguém que “respira” a política.

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