De acordo com Assumpção, a Unifesp operava com um orçamento de custeio de mais de R$ 159 milhões, corrigidos pela inflação, há uma década. No entanto, atualmente, seu orçamento é de pouco mais de R$ 90 milhões, representando uma diminuição de 43%. Essa redução no repasse de recursos tem afetado a capacidade da universidade de manter suas operações e investir em infraestrutura.
Além disso, a reitora destacou que o orçamento de capital, destinado a investimentos em construções e instalações, tem sido praticamente inexistente nos últimos três anos. A Unifesp recebeu recursos pontuais para obras emergenciais em seus diversos campus, mas a falta de investimento contínuo compromete a qualidade e a infraestrutura das instalações.
A situação se torna ainda mais desafiadora diante da redução do orçamento das universidades federais para o ano de 2024, decidida pelo Congresso Nacional. A Unifesp, juntamente com outras instituições de ensino federais, enfrenta a necessidade urgente de recomposição da verba perdida e de estabilidade nos repasses anuais.
Diante dessas dificuldades, a reitora da Unifesp busca apoio do governo federal e dos parlamentares para garantir a continuidade das atividades da universidade. A busca por soluções sustentáveis, como a implementação de um modelo de financiamento semelhante ao adotado por outras universidades públicas, é apontada como uma alternativa viável para a estabilidade financeira da instituição.
Enquanto isso, a Unifesp se esforça para manter seus serviços através de arrecadação própria, proveniente de taxas de vestibular, concursos públicos e aluguéis de espaços. Porém, as restrições e limitações impostas pela legislação atual dificultam a utilização desses recursos de forma eficaz.
Em meio a esses desafios, a Unifesp busca manter seu compromisso com o ensino, a pesquisa e a extensão, continuando a ser uma das principais instituições de ensino do país. Com a colaboração e o apoio necessários, a universidade espera superar as adversidades financeiras e seguir contribuindo para o desenvolvimento da educação e da ciência no Brasil.