Diferença salarial entre homens e mulheres diminui nos últimos 10 anos, indica estudo da CNI. Paridade de gênero atinge índice de 78,7.

Nos últimos 10 anos, um levantamento realizado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) revelou uma redução significativa na diferença de salários entre homens e mulheres no Brasil. De acordo com o estudo “Mulheres no Mercado de Trabalho”, baseado em dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADc) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o índice que mede a paridade salarial passou de 72 em 2013 para 78,7 em 2023, em uma escala de 0 a 100.

Além disso, a pesquisa apontou que a participação feminina em cargos de liderança também aumentou, passando de 35,7% em 2013 para 39,1% em 2023. O índice de empregabilidade das mulheres também teve uma evolução positiva, crescendo de 62,6 para 66,6 no mesmo período, representando um crescimento de 6,4%.

Um dos pontos destacados pelo estudo foi a diferença de escolaridade entre homens e mulheres, com as mulheres apresentando em média 12 anos de estudo, enquanto os homens têm 10,7 anos. Além disso, o tempo dedicado às atividades domésticas e de cuidados com familiares, conhecido como jornada de trabalho reprodutiva, também foi destacado como maior entre as mulheres, com uma média de 24,5 horas semanais para mulheres desocupadas, comparado a 13,4 horas para homens na mesma situação.

O presidente da CNI, Ricardo Alban, destacou a importância de avançar cada vez mais para alcançar a equidade de gênero no mercado de trabalho brasileiro. Ele ressaltou a necessidade de ampliar o debate e implementar medidas concretas para alcançar a igualdade salarial.

Em termos de legislação, o governo federal sancionou uma lei em julho do ano passado garantindo a igualdade salarial entre homens e mulheres e estabelecendo medidas para tornar os salários mais justos, como a exigência de relatórios semestrais transparentes sobre salários e critérios de remuneração por parte de empresas com 100 ou mais funcionários. Canais de denúncia também foram instituídos para casos de desigualdade salarial, fortalecendo a fiscalização e buscando garantir a equidade no mercado de trabalho.

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