Além de sua carreira no jornalismo, Tognolli também era músico, escritor e membro do Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos, o que demonstra a sua versatilidade e talento em diversas áreas.
Com formação em jornalismo pela Universidade de São Paulo (USP) e doutorado em Ciências da Comunicação pela mesma universidade, Tognolli era uma figura respeitada no meio acadêmico, conquistando também a livre docência em história. Sua paixão pela música também era evidente, tendo estudado violão clássico, composição e guitarra.
Nascido no bairro do Tatuapé, zona leste de São Paulo, Tognolli foi um dos fundadores da Abraji (Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo) e contribuiu significativamente para a criação da Cátedra Otavio Frias Filho, em parceria com o Grupo Folha, instalada no Instituto de Estudos Avançados da USP.
Vinicius Mota, secretário de Redação da Folha, destacou a personalidade inquieta, provocadora e inventiva do jornalista, que deixou sua marca por onde passou. Com passagens por veículos renomados como Veja, Estadão, Jornal da Tarde e Consultor Jurídico, Tognolli também se destacou como professor de jornalismo e conquistou prêmios importantes ao longo de sua carreira, como Esso, Jabuti e o Grande Prêmio Folha de Jornalismo.
Além disso, Tognolli também deixou um legado literário, com a publicação de diversos livros, e teve uma participação marcante nos primórdios da banda RPM, antes de alcançarem o estrelato em todo o país.
A morte de Claudio Júlio Tognolli representa uma grande perda para o jornalismo brasileiro, por sua contribuição significativa e seu papel de destaque em diferentes áreas do conhecimento e da cultura. Que seu legado continue a inspirar as futuras gerações de jornalistas e artistas em nosso país.