Os dados atualizados pela CNM na última quarta-feira dimensinam a gravidade da situação no estado gaúcho afetado pelas tempestades desde o final de abril. Dos 497 municípios do Rio Grande do Sul, 417 foram impactados, com 336 deles já reconhecidos pelos governos estadual e federal como em estado de calamidade pública.
A entidade, que monitora diariamente a situação, alerta que os números reportados são parciais, já que muitas prefeituras ainda estão contabilizando e inserindo no sistema os danos causados pelas enchentes. Diante disso, a CNM tem reivindicado mais apoio financeiro do governo federal para auxiliar os municípios afetados.
Com o histórico de repasses insuficientes do governo para desastres anteriores, como as enchentes de setembro passado, a cobrança por um auxílio mais efetivo cresce. No entanto, recentemente foram divulgadas algumas medidas de apoio, como a liberação imediata de R$ 580 milhões em emendas parlamentares individuais para 448 municípios. Esses recursos serão aplicados em áreas como saúde, infraestrutura, educação, segurança pública e esportes.
Além das habitações, os setores privados e públicos também foram severamente afetados pelas chuvas. A agricultura teve um prejuízo de quase R$ 600 milhões, enquanto a pecuária e a indústria também registraram grandes perdas. No setor público, as obras de infraestrutura foram as mais prejudicadas, somando mais de R$ 1,4 bilhão em danos.
Com a situação ainda em evolução e a necessidade urgente de ajuda financeira, a população do Rio Grande do Sul enfrenta um desafio gigantesco na reconstrução das áreas atingidas e na recuperação dos prejuízos causados pelas fortes chuvas.