Senador Eduardo Girão critica suspensão de validade de resultados das primárias na Venezuela e falta de posicionamento do Brasil.

O senador Eduardo Girão (Novo-CE) fez duras críticas à decisão do Tribunal Supremo de Justiça da Venezuela de suspender a validade dos resultados das primárias realizadas pelos partidos de oposição para a escolha de um candidato nas próximas eleições presidenciais no país. Em seu pronunciamento realizado nesta segunda-feira (13), o senador destacou que a ex-deputada María Corina Machado, líder da oposição ao governo de Nicolás Maduro, obteve 92% dos votos, mas está inabilitada para exercer cargos públicos por 15 anos.

Para Girão, essa decisão representa um verdadeiro atentado à democracia venezuelana, sendo uma clara aberração jurídica, política e moral por parte do governo ditatorial e sanguinário que tem levado o povo venezuelano à miséria. Além disso, o senador criticou a falta de mediação do governo brasileiro diante desse cenário, denunciando a postura conivente do Brasil diante do regime de Maduro, citando inclusive a postura do ex-presidente Lula.

O parlamentar também ressaltou a grave crise econômica, política e social enfrentada pela Venezuela, transformando o país em um dos mais pobres da América Latina, apesar de possuir uma das maiores reservas de petróleo do mundo. Ele lembrou que mais de 8 milhões de refugiados venezuelanos deixaram o país, muitos deles em direção ao Brasil em condições precárias.

Eduardo Girão ainda destacou dados apresentados por Maria Corina Machado em depoimento na Comissão de Segurança Pública (CSP) do Senado brasileiro, no qual ela acusou o regime de Maduro de ser uma “narcoditadura”, com grande parte do território sob o domínio de facções criminosas e do cartel do tráfico de drogas.

Além disso, o senador denunciou a intenção de Nicolás Maduro de realizar um referendo para anexar mais da metade do território da Guiana, país vizinho à Venezuela, demonstrando mais uma arbitrariedade do ditador. Girão criticou também a postura de Lula, que segundo ele tem se mostrado complacente e calado diante das violações cometidas pela ditadura de Maduro.

Diante de todos esses fatos, fica claro que a situação na Venezuela é extremamente delicada, com violações gravíssimas aos direitos humanos e à democracia. É fundamental uma ação mais incisiva da comunidade internacional, incluindo do Brasil, para buscar soluções que possam restabelecer a ordem e a justiça naquele país.

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