Diante desse cenário, as jornalistas Debora Saueressig e Roberta Vargas, mães de crianças autistas e idealizadoras do Instituto Colo de Mãe, decidiram agir. Criaram locais exclusivos para pessoas neurodivergentes na cidade de Porto Alegre, proporcionando um ambiente mais adequado e acolhedor para atender às necessidades específicas desse público durante a crise.
Com a equipe formada por profissionais qualificados, como médicos, enfermeiros, terapeutas ocupacionais, psicólogos e outros especialistas, o abrigo do Instituto Colo de Mãe já está cuidando de 30 pessoas. Caso a capacidade de 75 pessoas seja excedida, um segundo abrigo com mais 200 vagas será disponibilizado. Além de atender pessoas com autismo, a estrutura do instituto também acolhe outras pessoas com deficiência.
Para garantir o atendimento adequado e personalizado, as doações recebidas são utilizadas na compra de itens específicos que atendam às necessidades individuais de cada pessoa, como alimentos, produtos de higiene, brinquedos e equipamentos eletrônicos. Aqueles que desejam contribuir podem doar água para a organização.
Interessados em receber acolhimento podem entrar em contato com as idealizadoras do projeto através da página da ONG no Instagram (@somoscolodemae). É importante ressaltar que o Instituto Colo de Mãe não recebe crianças e adolescentes desacompanhados, sendo necessário que menores de 18 anos estejam sob os cuidados de responsáveis.
Diante da falta de estruturas adequadas nos abrigos coletivos para atender às necessidades específicas das pessoas com autismo, iniciativas como essa se mostram essenciais para garantir o bem-estar e a segurança desses indivíduos durante momentos de crise como o enfrentado no Rio Grande do Sul. O Instituto Colo de Mãe representa um exemplo de solidariedade e comprometimento com a inclusão e o cuidado com as pessoas neurodivergentes em situações de emergência.
