Durante a assembleia, os professores reafirmaram seu apoio ao movimento estudantil e determinaram que a mobilização continuará, especialmente com a divulgação de dados sobre a perda de docentes na universidade. Além disso, a Adusp enviou uma carta à Reitoria da USP solicitando que não haja retaliação por parte da instituição de ensino aos que aderiram à greve.
“Reafirmamos o apoio ao movimento e às demandas dos estudantes, e consideramos fundamental que não haja nenhuma forma de retaliação pela adesão e defesa da greve”, afirmou o documento.
Quando questionado sobre a possibilidade de os estudantes também suspenderem a greve, Davi Bomfim, um dos diretores do movimento, declarou que ainda existem opiniões divergentes entre os grevistas. “Só teremos uma posição amanhã”, afirmou Bomfim, que é formado em ciências sociais pela USP.
Na assembleia desta terça-feira, os professores também decidiram iniciar uma campanha para denunciar a política de contratação docente que produz competição entre unidades, departamentos e/ou grupos de docentes. A Adusp destacou a importância de chamar a atenção de todo o corpo docente da universidade para as graves consequências dessa política de competição, promovida por meio dos chamados “editais de mérito”.
É importante ressaltar que a Adusp tomou essa decisão de suspender a greve como resultado de deliberações realizadas em assembleia, demonstrando o caráter democrático e participativo do movimento. Os docentes estão comprometidos em continuar apoiando os estudantes e a luta por melhores condições na universidade, buscando dialogar e encontrar soluções para as demandas apresentadas pelos grevistas.