Um exemplo disso é a Beneficência Portuguesa de São Paulo, onde a IA é empregada para detectar câncer de pulmão em estágios iniciais. O pneumologista Felipe Marques ressalta a importância dessa tecnologia, especialmente no Brasil, onde o diagnóstico precoce do câncer de pulmão é desafiador devido aos sintomas que costumam surgir apenas em estágios avançados da doença. A IA tem sido uma aliada no reconhecimento de lesões pulmonares, muitas vezes identificadas de forma acidental em exames de rotina.
Além disso, a IA tem sido utilizada no Hospital Municipal Dr. Gilson de Cássia Marques de Carvalho, em São Paulo, para auxiliar no diagnóstico de AVC e câncer de mama. O diretor de Medicina Diagnóstica, Marcos Queiroz, destaca a importância de haver sempre a supervisão de um médico na interpretação dos laudos gerados pela IA, uma vez que a tecnologia pode cometer erros.
Apesar dos avanços e da crescente utilização da IA na medicina, os especialistas ressaltam que ela nunca poderá substituir completamente o papel do médico. A IA pode realizar tarefas repetitivas e especializadas, permitindo que os profissionais de saúde tenham mais tempo para se dedicar ao atendimento humanizado e à escuta do paciente. A automação de atividades rotineiras pela IA pode liberar tempo e recursos para que os médicos possam se concentrar em questões mais relevantes e específicas para cada caso.
Portanto, a inteligência artificial vem se consolidando como uma ferramenta complementar e de suporte para os profissionais da saúde, contribuindo para diagnósticos mais precisos e rápidos, resultando em um melhor atendimento aos pacientes. A integração da IA nos serviços médicos tem sido vista como um avanço promissor, desde que haja uma adequada curadoria e programação da tecnologia de acordo com as necessidades específicas de cada instituição de saúde.