Segundo a proposta, a venda de cigarros seria proibida em todo o território inglês, incluindo estabelecimentos comerciais, como supermercados, lojas de conveniência e postos de gasolina. Além disso, a posse e o consumo de cigarros também seriam criminalizados, com penalidades que variam desde multas até prisão para reincidentes.
A ideia do premier é trazer uma abordagem mais rigorosa no combate ao tabagismo, visando principalmente os jovens e adolescentes, que são mais suscetíveis ao início do vício. Segundo dados do Ministério da Saúde, mais de um terço dos jovens ingleses experimenta cigarro antes dos 18 anos, o que acende um alerta para os efeitos nocivos do tabaco na saúde dessa faixa etária.
A proposta também tem respaldo em estudos científicos que apontam os malefícios do tabaco para a saúde. O cigarro é responsável por uma série de doenças, como câncer de pulmão, enfisema pulmonar, doenças cardiovasculares, entre outras. Além disso, o tabagismo é considerado um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis, como diabetes e hipertensão.
No entanto, a proposta do premier enfrenta resistência por parte da indústria do tabaco e de alguns setores da sociedade. As empresas do setor argumentam que a medida causaria um impacto econômico negativo, gerando desemprego e queda na arrecadação de impostos. Já os opositores alegam que a proibição da venda de cigarros seria uma atitude excessivamente autoritária do governo, interferindo na liberdade de escolha dos indivíduos.
Apesar das controvérsias, a proposta do premier está em análise no parlamento e deve ser discutida nos próximos meses. Caso seja aprovada, a Inglaterra se tornaria um dos primeiros países a proibir totalmente a venda de cigarros. Essa medida drástica sinaliza uma mudança de paradigma no combate ao tabagismo, mostrando um comprometimento maior com a saúde da população e com a redução dos danos causados pelo tabaco.
