Bolsonaro admitiu que alguém gravou a reunião realizada em 2022, mas afirmou que não acredita que alguém teria a coragem de planejar um golpe na frente de 30 pessoas. A Polícia Federal já incluiu a declaração do presidente no inquérito em andamento sobre o caso.
Durante o evento, o presidente argumentou que não poderia dar um golpe utilizando os instrumentos previstos na Constituição, como um decreto de sítio. As investigações apontam que uma minuta do plano que ignorava o resultado legítimo das urnas e chegava a sugerir a prisão de ministros do Supremo Tribunal Federal foi debatida e modificada por Bolsonaro.
Além disso, Bolsonaro admitiu que sua declaração mais grave foi ter acertado, “sem querer”, a porcentagem de 49% dos votos que obteve no segundo turno, quando foi derrotado por Lula. O ex-presidente voltou a pedir por uma anistia a investigados e condenados por atos golpistas, sugerindo que o Executivo encabece o projeto em nome do “apaziguamento”. No entanto, ele mesmo reconhece que nem o Congresso tem parlamentares suficientes para apoiar essa proposta.
Questionado sobre a possibilidade de mais manifestações para demonstrar sua força política, Bolsonaro negou que haja algum planejamento nesse sentido. A palavra final sobre a investigação e os desdobramentos desse caso ficam nas mãos das autoridades competentes.