Desde o ano passado, a PF formalizou um pedido de cooperação internacional com o governo dos EUA, contando com a colaboração do FBI, a polícia federal norte-americana, através do acordo chamado Mutual Legal Assistance Treaties. Essa parceria tem sido fundamental para as investigações sobre a venda de joias e artigos de luxo recebidos pelo ex-presidente como presentes de autoridades estrangeiras, como o governo da Arábia Saudita.
As investigações apontaram que Bolsonaro e seus auxiliares utilizaram o avião presidencial para retirar do país pelo menos quatro conjuntos de bens recebidos em viagens internacionais. Essas transações levantaram suspeitas e motivaram a atuação conjunta das autoridades brasileiras e norte-americanas para esclarecer o caso.
Além disso, a família Bolsonaro e Mauro Cid possuem contas em bancos nos Estados Unidos, o que levanta a possibilidade de que essas contas tenham sido utilizadas nas transações das joias. A polícia pretende mapear quem procurou as lojas onde as joias foram vendidas e para quem foram repassados os valores provenientes dessas transações.
Esse inquérito é o segundo que mira Bolsonaro e que a PF está prestes a concluir, demonstrando o avanço das investigações sobre possíveis irregularidades envolvendo o ex-presidente e seus aliados. Outro caso que tem chamado a atenção é o da falsificação de certificados de vacinas contra a Covid-19, que também envolve o ex-presidente e outras autoridades brasileiras.
Portanto, a atuação da Polícia Federal brasileira nos Estados Unidos é mais um capítulo dessa investigação que promete trazer novos desdobramentos e esclarecimentos sobre as transações suspeitas envolvendo joias e artigos de luxo ligados a Bolsonaro e seus aliados.
