De acordo com a defesa da parlamentar, Zambelli negou as acusações e afirmou que nunca solicitou a Delgatti a invasão de sistemas ou qualquer atividade ilícita. A defesa ressaltou que a interpretação da autoridade policial, que sugeriu que documentos teriam sido eventualmente recebidos por Zambelli, não comprova sua participação nos crimes.
Já o advogado de Delgatti declarou que não se surpreende com o indiciamento e reafirmou a colaboração do hacker com a Justiça desde sua prisão. A defesa de Delgatti pretende solicitar a liberdade do cliente, argumentando que não há motivos para a manutenção da custódia cautelar após o encerramento da investigação.
Em depoimento à PF, Zambelli negou ter contratado Delgatti para a invasão do site do CNJ, alegando que havia contratado o hacker apenas para desenvolver um novo site no valor de R$ 3.000. Segundo ela, um pagamento adicional de R$ 10 mil feito por seu então assessor, Renan Goulart, seria destinado à compra de garrafas de uísque.
Delgatti, por sua vez, assumiu a autoria do falso mandado contra o ministro Alexandre de Moraes e alegou que o documento foi uma “prêmio de consolação” para Zambelli, que teria inicialmente solicitado a invasão das urnas eletrônicas e das contas do ministro. O hacker está preso desde que foi alvo de uma operação da PF.
A investigação continua em andamento e a decisão de eventuais denúncias contra Zambelli e Delgatti caberá à Procuradoria-Geral da República e ao Supremo Tribunal Federal. É importante aguardar os desdobramentos do caso para obter mais informações sobre as acusações e possíveis desdobramentos legais.