De acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as trabalhadoras domésticas enfrentam altas taxas de precariedade no trabalho, com a maioria delas não contribuindo para a Seguridade Social e recebendo salários abaixo do mínimo. Essas estatísticas apontam para desigualdades estruturais que precisam ser enfrentadas através de políticas que garantam condições de trabalho dignas, salários justos e proteção social para essas profissionais.
A pesquisa realizada pelo Ipea busca reconhecer a importância do trabalho remunerado no cuidado e nas atividades domésticas, um serviço essencial para a manutenção dos lares e para o bem-estar de muitas pessoas. O objetivo é conhecer mais de perto quem são esses trabalhadores e trabalhadoras, suas condições de trabalho, direitos e desafios enfrentados no dia a dia.
O questionário da pesquisa está disponível online e pode ser preenchido até o dia 13 de junho. Dividido em quatro blocos, o questionário aborda informações gerais, características do trabalho, deslocamento, custos e também o trabalho realizado através de aplicativos e plataformas digitais. A participação é fundamental para que os governos possam desenvolver políticas que melhorem a qualidade de vida e de trabalho dessas profissionais, contribuindo para a valorização do serviço prestado.
A pesquisa garante a proteção dos dados pessoais dos participantes, conforme estabelecido pela Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), garantindo a privacidade e confidencialidade das informações fornecidas. A iniciativa do Ipea e do Ministério da Igualdade Racial é um passo importante para promover a igualdade e o reconhecimento do trabalho das trabalhadoras domésticas no Brasil.