Além das duas mulheres negras, outras duas ministras também compuseram a bancada, sendo elas Cármen Lúcia, representando o Supremo Tribunal Federal, e Isabel Gallotti, do Superior Tribunal de Justiça. Essa foi a quarta vez que a maioria dos julgadores do TSE foi composta por mulheres, marcando um momento importante na história do tribunal.
A presença das duas mulheres negras, em especial, foi destacada pelo presidente do TSE, Alexandre de Moraes, que classificou a sessão como histórica. A ministra Edilene Lôbo, primeira mulher negra a assumir uma cadeira no TSE em setembro de 2023, ressaltou a importância da superação da desigualdade de gênero e raça nos espaços decisórios do Brasil. Ela destacou que uma sociedade baseada na desigualdade não tem um futuro próspero.
Por sua vez, a ministra Vera Lúcia, em sua primeira sessão plenária, ressaltou a importância do registro desse momento histórico para renovar os compromissos com a cidadania e a promoção da dignidade da pessoa humana. Já o ministro Gallotti mencionou que a igualdade entre homens e mulheres na sociedade brasileira é essencial e que, no futuro, a presença de uma maioria feminina na bancada não será mais notícia.
A ministra Cármen Lúcia, recém-eleita presidente do TSE para o próximo biênio, abordou a diferença no discurso de ódio direcionado a homens e mulheres. Ela destacou como o discurso de ódio contra a mulher afeta não apenas a pessoa em si, mas também sua família, desencorajando até mesmo aquelas que poderiam ter a coragem de se candidatar.
Além da presença histórica das mulheres negras na bancada do TSE, o tribunal lançou uma campanha de incentivo à participação feminina na política, com o slogan “Mulher na política é outra história”. O material audiovisual da campanha será veiculado em rádio e TV até 9 de junho, buscando promover e incentivar a presença das mulheres na política brasileira.