Região do ABC precisa investir mais na atenção básica para melhorar indicadores de saúde, aponta ranking Previne Brasil.

A região do ABC Paulista precisa investir mais em atenção básica para melhorar os índices de atendimento, especialmente para moradores que sofrem de pressão alta e diabetes, de acordo com o ranking Previne Brasil, divulgado pelo Ministério da Saúde. Os números do ranking servem como referência para o encaminhamento de verbas para a Atenção Primária dos municípios, visando melhorar a qualidade dos serviços de saúde prestados à população.

No terceiro quadrimestre de 2023, Ribeirão Pires se destacou como a cidade com a melhor colocação dentre as cidades do ABC, alcançando a nota 7,79 e superando Mauá, que vinha liderando nos quadrimestres anteriores. O destaque da prefeitura de Ribeirão Pires foi a cobertura vacinal para crianças, que contribuiu significativamente para a nota geral do município.

Os indicadores avaliados no ranking incluem a proporção de gestantes com consultas pré-natal, gestantes com exames de sífilis e HIV, mulheres com coleta de citopatológico, proporção de crianças vacinadas contra diversas doenças, pessoas com hipertensão e diabetes com acompanhamento e consulta adequados, entre outros. Ribeirão Pires foi a única cidade que não apresentou nenhuma mancha vermelha nos últimos quatro meses de 2023, o que contribuiu positivamente para a sua nota final.

No entanto, o médico Murilo Moura Sarno ressaltou a necessidade de investimento na Atenção Primária e na Saúde da Família, especialmente para controlar doenças crônicas como diabetes e hipertensão. Ele apontou que a pandemia da Covid-19 pode ter influenciado os resultados do ranking, impactando o acesso dos pacientes aos tratamentos necessários.

Outras cidades do ABC, como São Caetano, Diadema, São Bernardo e Santo André, também mantiveram seus indicadores em diferentes níveis ao longo do ano passado. São Caetano destacou a importância da revisão dos indicadores do Previne Brasil, buscando incluir aspectos como cadastramento da população vulnerável, monitoramento nutricional em gestantes e crianças, entre outros.

Por sua vez, Mauá e Rio Grande da Serra não responderam até o fechamento desta edição, porém os dados indicam que ambas as cidades têm oportunidades de melhoria no atendimento a diabéticos e hipertensos, conforme indicado pelo ranking Previne Brasil. Enquanto Mauá teve o segundo melhor desempenho na nota média da região, Rio Grande da Serra obteve a pior nota, o que pode indicar problemas de cadastro.

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