Ministério Público de SP recorre de decisão que concede regime aberto a Alexandre Nardoni após 16 anos de prisão

O Ministério Público de São Paulo recorreu da decisão da 2ª Vara de Execuções Criminais de Taubaté que concedeu o regime aberto a Alexandre Nardoni, condenado pelo assassinato de sua filha Isabella. Após cumprir 16 anos de pena, Nardoni foi solto nesta segunda-feira e deixou a unidade um dia antes de completar 16 anos de cárcere.

A decisão do juiz José Loureiro Sobrinho de São José dos Campos foi contestada pelo Ministério Público, que solicitou a realização de exames criminológicos e psiquiátricos para verificar se o réu apresenta condições de segurança para ser colocado em liberdade. A promotoria argumenta que Nardoni cometeu um crime hediondo ao matar sua filha de 5 anos, demonstrando frieza emocional, insensibilidade e ausência de arrependimento.

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O Ministério Público também aponta que o réu possui impulsividade latente e elementos de transtorno de personalidade, baseando-se em indicações psiquiátricas. Diante desses argumentos, foi ajuizada uma medida cautelar para que Nardoni retorne ao regime semiaberto até o julgamento do recurso.

O advogado de Nardoni, Roberto Podval, criticou a atuação do Ministério Público, alegando que há um promotor mais preocupado com a publicidade do caso do que com a justiça. A defesa de Nardoni argumenta que ele já cumpriu a pena estabelecida e merece ter sua liberdade concedida.

A polêmica em torno da decisão judicial e do recurso do Ministério Público levanta questionamentos sobre a segurança e a adequação da libertação de Nardoni. O desfecho desse caso continuará sendo acompanhado de perto pela opinião pública e pelas autoridades competentes.

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