Um dos pontos de destaque é a proximidade da decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), com os investidores acompanhando de perto as questões fiscais e as incertezas inflacionárias. A ajuda federal ao Rio Grande do Sul também está no radar, com a Câmara aprovando um Projeto de Decreto Legislativo que declara calamidade pública no Estado.
O presidente da Câmara, Arthur Lira, enfatizou que não há margem para afrouxamento das metas fiscais em todo o país, o que gera desconfiança nos mercados. Bruno Takeo, analista da Ouro Preto Investimentos, destaca que o quadro fiscal apertado e a expectativa para o Copom podem resultar em uma redução no ritmo de queda da Selic.
Além disso, o comportamento do Ibovespa tem sido influenciado pelo cenário internacional, com a bolsa brasileira seguindo o exterior, especialmente após três dias seguidos de alta em Nova York. No entanto, Pedro Moreira, sócio da One Investimentos, destaca que o mercado está um pouco parado em termos de dados e que as bolsas europeias têm um bom desempenho devido a alguns balanços positivos.
Outro ponto relevante é a fala de Neel Kashkari, presidente do Federal Reserve de Minneapolis, que elevou sua perspectiva sobre a taxa neutra de juros nos EUA, o que favorece ativos de risco. No cenário interno, os investidores também estão atentos ao mini rali nos Estados Unidos, à pressão inflacionária e ao desastre no Rio Grande do Sul.
No momento, o Ibovespa apresenta uma alta de 0,84%, atingindo os 129.545,75 pontos. As maiores altas são da Rede D’Or, Vamos ON e Vale, enquanto empresas como Petrobrás e Itaú também registram avanços. A expectativa é que o mercado continue acompanhando de perto os desdobramentos tanto internos quanto externos que podem influenciar o comportamento da bolsa nos próximos dias.
