Bolsonaro, que atualmente está inelegível até 2030 por abuso de poder econômico, fez críticas às ações do Supremo Tribunal Federal (STF) durante o encontro, além de pedir anistia para os condenados pelos ataques ocorridos em 8 de janeiro. O ex-presidente se referiu aos condenados como “aliados”, mostrando solidariedade em relação a essas pessoas.
O ex-presidente também é alvo de investigações da Polícia Federal e do STF devido ao ataque ocorrido em 8 de janeiro de 2023 à sede dos Três Poderes em Brasília, que envolveu tentativas de abolição do estado democrático de direito e de golpe de Estado. Durante seu discurso, Bolsonaro admitiu a existência de um documento que previa a decretação do estado de sítio, a prisão de parlamentares e ministros do STF, bem como sustentava um suposto golpe de Estado. No entanto, o ex-presidente criticou as investigações criminais da PF relacionadas a esse documento.
Cópias desse documento foram encontradas na casa do ex-ministro da Justiça, Anderson Torres, e no escritório do partido ao qual Bolsonaro é filiado, o PL. Além disso, a minuta foi citada nas delações do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens da presidência da República. Outros elementos como um vídeo de uma reunião no Palácio da Alvorada em julho de 2022 também estão sendo investigados, no qual auxiliares do ex-presidente e militares sugeriram alternativas de ataque ao sistema eleitoral eletrônico e à eleição presidencial de 2022.