O principal objetivo da iniciativa é sensibilizar a população sobre a importância do diagnóstico precoce e do conhecimento da doença, segundo o médico oncologista clínico e presidente da SBOC, Carlos Gil Moreira Ferreira. Além disso, a intenção é influenciar o Ministério da Saúde e o Congresso Nacional a investir em rastreamento e tratamento para os pacientes com câncer de pulmão.
Ferreira destacou a gravidade da doença, que é uma das principais causas de morte no Brasil e no mundo. Ele ressaltou que, em 2023, estima-se que haverá cerca de 2 milhões de casos diagnosticados em todo o mundo, resultando em 1,8 milhão de óbitos. O médico também explicou que a taxa de mortalidade é muito semelhante à de incidência e destacou a importância do diagnóstico precoce, cuja sobrevida do paciente passou de 9 meses para cinco anos.
O desafio é diagnosticar a doença precocemente, afirmou Ferreira, acrescentando que 85% dos casos estão relacionados ao tabagismo. Ele enfatizou que a redução do tabagismo pode prevenir o câncer de pulmão e enfatizou que, apesar do Brasil ter reduzido a taxa de fumantes de 30% para 9% ao longo de 20 anos, há um aumento do tabagismo entre os jovens devido aos cigarros eletrônicos, que funcionam como porta de entrada para o tabagismo convencional.
Consequentemente, Ferreira alertou que há dados sugerindo que os cigarros eletrônicos também podem causar câncer de pulmão. No entanto, o presidente da SBOC destacou que a prevenção da doença é possível com a redução do tabagismo e que o rastreamento do câncer de pulmão pode salvar vidas.