No entanto, quando se trata do conceito máximo, a participação dos cursos privados de Direito é quase insignificante, correspondendo a apenas 1,7% do total. Em contrapartida, 37,7% dos cursos de Direito oferecidos pelas universidades públicas alcançaram a nota máxima.
O Ministério da Educação vê com preocupação esses dados e ressalta a importância de corrigir as distorções e garantir a melhoria da qualidade de todos os cursos. O ministério também destaca a necessidade de priorizar a qualidade dos cursos de licenciatura, que formam os professores da educação básica. Segundo o ministro da Educação, Camilo Santana, o papel do MEC é avaliar e discutir, já que as universidades possuem autonomia.
Atualmente, os cursos de Direito reúnem cerca de 671,7 mil alunos em todo o país, sendo a segunda carreira com o maior número de estudantes, perdendo apenas para Pedagogia. Vale ressaltar que esses números são referentes a 2022.
No total, 1.229 cursos de Direito participaram do Enade, sendo 1.067 de instituições privadas e 162 de universidades públicas. A prova avalia estudantes concluintes de cursos de graduação, e os resultados divulgados nesta terça-feira referem-se ao Ano III e incluem cursos de bacharelado nas áreas de Ciências Sociais Aplicadas; Ciências Humanas; e Tecnologia nas áreas de Gestão e Negócios; Apoio Escolar; Hospitalidade e Lazer; Produção Cultural e Design.
A prova do Enade é composta por 40 questões, sendo 10 relacionadas à formação geral e 30 à formação específica. Dessas, cinco são questões discursivas e 35 de múltipla escolha. Os resultados do exame são utilizados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) para compor o Conceito Preliminar de Curso (CPC), juntamente com outros indicadores.
O MEC está em discussão sobre a possibilidade de autorizar o credenciamento de cursos de Direito na modalidade a distância.