Instituto de Pesquisa e Memória Pretos Novos celebra 250 anos do Cemitério dos Pretos Novos e 19 anos de existência

No próximo dia 10, o Instituto de Pesquisa e Memória Pretos Novos (IPN) estará comemorando os 250 anos do sítio arqueológico do Cemitério dos Pretos Novos, um dos importantes vestígios da chegada dos africanos escravizados no Brasil. Além disso, também celebrará os 19 anos de existência do próprio IPN. Para marcar essas datas especiais, a artista visual Fátima Farkas apresentará a exposição “Será o Benedito?”, com curadoria de Mauro Trindade.

O coordenador de Comunicação do IPN, Alexandre Nadai, revelou que no dia 10 haverá o lançamento de três livros, bem como o evento Samba no Museu e degustação de gastronomia afrobrasileira, com Tia Mara. As comemorações não se limitam a esse dia, com mais de mil circuitos históricos gratuitos de território de herança africana e mais de 43 oficinas online com temática afrocentrada ao longo do ano.

Dentre as ações programadas, um dos circuitos aborda quilombolas e povos de terreiro, enquanto uma das oficinas é dedicada à educação antirracista para professores. O IPN tem como público-alvo as escolas públicas do estado e busca promover a reflexão sobre a história e a cultura afrodescendente.

O Cemitério dos Pretos Novos foi descoberto em 1996 e, desde então, tem sido um importante local para entender parte da história do Brasil. Estima-se que entre 20 mil e 30 mil pretos novos foram enterrados neste local, vítimas do sistema escravocrata. O cemitério foi descoberto pelo casal Merced e Petruccio Guimarães dos Anjos, quando compraram a casa onde hoje funciona o IPN.

A exposição “Será o Benedito?” traz à tona personagens marcantes das lutas raciais, recriando retratos fotográficos de negros importantes da história brasileira. A artista Fátima Farkas utiliza sua pintura expressiva para reconstruir a memória, destacando figuras como Benedito Caravelas, João Cândido Felisberto, Luiz Gama, Nzinga e Diébédo Francis Kéré.

A exposição, com curadoria de Mauro Trindade, estará aberta para visitação no Instituto Pretos Novos até 20 de julho. Uma oportunidade única para conhecer e refletir sobre a história e a importância cultural dos africanos escravizados e seus descendentes no Brasil.

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