O coordenador de Comunicação do IPN, Alexandre Nadai, revelou que no dia 10 haverá o lançamento de três livros, bem como o evento Samba no Museu e degustação de gastronomia afrobrasileira, com Tia Mara. As comemorações não se limitam a esse dia, com mais de mil circuitos históricos gratuitos de território de herança africana e mais de 43 oficinas online com temática afrocentrada ao longo do ano.
Dentre as ações programadas, um dos circuitos aborda quilombolas e povos de terreiro, enquanto uma das oficinas é dedicada à educação antirracista para professores. O IPN tem como público-alvo as escolas públicas do estado e busca promover a reflexão sobre a história e a cultura afrodescendente.
O Cemitério dos Pretos Novos foi descoberto em 1996 e, desde então, tem sido um importante local para entender parte da história do Brasil. Estima-se que entre 20 mil e 30 mil pretos novos foram enterrados neste local, vítimas do sistema escravocrata. O cemitério foi descoberto pelo casal Merced e Petruccio Guimarães dos Anjos, quando compraram a casa onde hoje funciona o IPN.
A exposição “Será o Benedito?” traz à tona personagens marcantes das lutas raciais, recriando retratos fotográficos de negros importantes da história brasileira. A artista Fátima Farkas utiliza sua pintura expressiva para reconstruir a memória, destacando figuras como Benedito Caravelas, João Cândido Felisberto, Luiz Gama, Nzinga e Diébédo Francis Kéré.
A exposição, com curadoria de Mauro Trindade, estará aberta para visitação no Instituto Pretos Novos até 20 de julho. Uma oportunidade única para conhecer e refletir sobre a história e a importância cultural dos africanos escravizados e seus descendentes no Brasil.