O termo êxtase tem origem grega, do termo “ékstasi”, que significa se deslocar, ficar de lado. Para os gregos, a felicidade está intrinsecamente ligada à sensação de desensimesmar, ou seja, sair do estado de si mesmo e alcançar um estado de plenitude. O estado de fluxo, descrito como a experiência de puro êxtase, pode ser alcançado por qualquer pessoa que tenha foco, eliminando distrações e dispersões.
No entanto, a vida moderna e acelerada nos coloca diante de diversos “usurpadores de atenção”, que nos afastam do momento presente e nos impedem de atingir o tão desejado estado de flow. Diante dessa realidade, reencontrar o prazer vivíssimo em momentos do cotidiano se torna um desafio constante.
É importante lembrar que a concentração máxima é essencial para alcançar o flow. Silenciar as notificações do celular, criar um ambiente propício e eliminar distrações são passos fundamentais para se imergir completamente em uma atividade. No entanto, muitas vezes, as distrações do dia a dia acabam nos afastando desse objetivo.
A história do psicólogo Mihaly Csikszentmihalyi, que relatou a experiência de seu irmão na prisão da Sibéria encontrando o flow concentrando-se em pequenas coisas, nos mostra que é possível alcançar esse estado mesmo em situações adversas. A suspensão temporária da existência e a perda do sentido de tempo e espaço são algumas das características desse estado mental prazeroso.
Assim, é nos momentos de absorção total na energia, prazer e foco que conseguimos atingir o êxtase. Seja ao lado de amigos, praticando atividades que amamos ou simplesmente nos permitindo viver o momento presente, o flow se torna um estado natural e involuntário. Esquecer que estamos tentando alcançar o flow pode ser a melhor estratégia para finalmente vivenciar esse estado de plenitude.
