Coronel, ex-chefe da PM no dia dos ataques, é interrogado na CPMI. Assista ao vídeo. (29/08/23)

Na tarde desta terça-feira, a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga os ataques ocorridos no dia 29 de agosto de 2023, ouviu o depoimento do coronel responsável pelo comando da Polícia Militar (PM) durante a série de ataques que assolou o país naquela data.

O depoimento do coronel foi aguardado com grande expectativa pelos membros da comissão, que buscam esclarecer as circunstâncias que permitiram tais ataques acontecerem e as ações tomadas pelas forças de segurança para combatê-los.

O coronel, visivelmente tenso, relatou em detalhes a sequência de eventos que ocorreram naquele dia. Ele explicou que assim que tiveram conhecimento dos primeiros ataques, acionaram todo o efetivo disponível para atuar nas áreas afetadas. No entanto, admitiu que as ações inicialmente tomadas não foram suficientes para conter a onda de violência que se alastrava rapidamente.

Questionado pelos parlamentares sobre a capacidade de resposta da PM no combate aos ataques, o coronel ressaltou que, apesar dos esforços empregados, a falta de recursos e o contingente policial inferior ao desejado dificultaram o trabalho das equipes. Ele destacou ainda que a coordenação com as demais forças de segurança foi fundamental para controlar as situações mais críticas.

Durante seu depoimento, o coronel também mencionou a importância de investimentos em tecnologia e inteligência no combate ao crime. Segundo ele, a falta de recursos impede a modernização das forças de segurança, dificultando o enfrentamento de novas formas de criminalidade e ações coordenadas.

Os parlamentares aproveitaram a oportunidade para questionar o coronel sobre possíveis falhas na organização dos serviços de inteligência, que não teriam sido capazes de antecipar tais ataques. O coronel, no entanto, afirmou que a complexidade dos atentados dificultou sua previsão e que a inteligência policial trabalhou de forma intensa para responder aos ataques e identificar seus responsáveis.

Ao final do depoimento, os membros da comissão manifestaram preocupação com a falta de recursos e a deficiência nas estruturas de segurança pública, reforçando a necessidade de investimentos e políticas efetivas para combater a criminalidade no país.

O depoimento do coronel permitiu à CPMI avançar em suas investigações sobre os ataques ocorridos em agosto de 2023. Ainda há muito a ser apurado, mas espera-se que os trabalhos da comissão possam contribuir para o fortalecimento das políticas públicas de segurança e prevenção à violência no país.

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