Dólar atinge maior nível em seis meses e bolsa de valores acumula queda de 1,02% na semana, em meio a nervosismo global

Em um dia marcado por nervosismo nos mercados globais, o dólar fechou em alta, atingindo o maior nível em quase seis meses. A bolsa de valores também teve um desempenho negativo, acumulando perdas ao longo da semana.

O dólar comercial encerrou esta sexta-feira sendo vendido a R$ 5,065, com um aumento de R$ 0,024 (+0,29%). Apesar de ter iniciado o dia em queda, chegando a ser negociado a R$ 5,03 nos primeiros minutos do pregão, a moeda norte-americana disparou após a divulgação de dados do mercado de emprego dos Estados Unidos. No ponto mais alto do dia, por volta das 13h30, o dólar ultrapassou os R$ 5,07.

Com esse desempenho, o dólar atingiu o maior valor desde outubro do ano passado. Ao final da semana, a moeda acumulou um aumento de 0,99%, marcando a quinta semana seguida de valorização e um total de 4,37% de alta em 2024.

Na bolsa de valores, o índice Ibovespa da B3 fechou aos 126.795 pontos, registrando uma queda de 0,5%. No acumulado do ano, a bolsa apresenta uma retração de 5,51%. Durante a semana, o Ibovespa teve um desempenho misto, subindo na terça e na quinta-feira, mas apresentando quedas na segunda, quarta e sexta-feira.

Os mercados financeiros globais têm enfrentado momentos de tensão devido aos dados que apontam para o fortalecimento da economia dos Estados Unidos. A divulgação de que o país criou 303 mil empregos em março, acima das expectativas, contribuiu para o nervosismo no mercado.

O bom desempenho da maior economia do mundo aumenta as chances de o Federal Reserve (Fed) começar a reduzir as taxas de juros apenas em julho. A perspectiva de taxas de juros mais altas em economias desenvolvidas pode incentivar a saída de capitais de economias emergentes, como o Brasil, pressionando tanto o dólar quanto a bolsa de valores.

Em resumo, o cenário financeiro global continua instável, com investidores atentos às movimentações nos mercados e aos desdobramentos econômicos internacionais que impactam diretamente a economia brasileira.

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