Mercado financeiro enfrenta momentos de nervosismo e dólar se aproxima de R$ 5,20 em dia de queda na bolsa

Após dias de relativa estabilidade, o mercado financeiro enfrentou momentos de turbulência nesta terça-feira (30). O dólar registrou uma forte alta e se aproximou da marca de R$ 5,20, enquanto a bolsa de valores sofreu uma queda superior a 1% e fechou abaixo dos 126 mil pontos.

O dólar comercial encerrou o dia sendo cotado a R$ 5,193, com uma alta de R$ 0,076 (+1,52%). Durante todo o dia, a cotação da moeda norte-americana esteve em ascensão e encerrou no seu valor máximo do dia, com investidores buscando adquirir dólares em antecipação à reunião do Federal Reserve (Fed), o Banco Central dos Estados Unidos, agendada para esta quarta-feira (1º).

Com os números registrados hoje, o dólar encerrou o mês de abril com um aumento de 3,53%. No acumulado do ano, a moeda já apresenta uma valorização de 7,01%.

O dia também foi marcado por tensões no mercado de ações. O índice Ibovespa da B3 fechou em 125.924 pontos, registrando uma queda de 1,12%. No geral, o indicador encerrou o mês com uma desvalorização de 1,7%.

No ambiente internacional, houve uma corrida para os títulos do Tesouro dos Estados Unidos, considerados investimentos mais seguros globalmente, prévio à reunião do Fed. Esse movimento colaborou para a fuga de recursos de países emergentes como o Brasil, exercendo pressão sobre o dólar e a bolsa de valores.

Os investidores aguardam com expectativa as informações que serão divulgadas na reunião do Fed desta quarta-feira (1º), em busca de indicativos sobre a possibilidade de redução das taxas de juros na maior economia do mundo. Algumas projeções do mercado sugerem que essas taxas possam começar a cair a partir de setembro, enquanto outras apontam para uma redução somente em novembro.

No cenário nacional, os dados sobre a criação de empregos em março impactaram negativamente a bolsa de valores. Embora o aumento no número de postos de trabalho seja positivo para a economia de modo geral, isso gera tensões no mercado financeiro devido ao aumento das chances de o Banco Central brasileiro diminuir o ritmo de redução da Taxa Selic.

Essas projeções de juros mais altos do que o esperado estimulam a transferência de investimentos da bolsa de valores para aplicações em renda fixa, como títulos públicos. Acompanharemos atentamente o desdobramento desses acontecimentos nos próximos dias, aguardando mais novidades do mercado financeiro.

Com informações da Reuters.

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