Apesar das expectativas, Dagmar contrariou a família e foi atrás de seus sonhos, se mudando para São Paulo em busca de mais oportunidades. Lá, ela se casou, teve três filhos e não parou de estudar, cursando sociologia e posteriormente se aventurando na difícil área da psicologia. Sua trajetória profissional foi marcada por atuações voluntárias em hospitais e pela ajuda constante às pessoas que precisavam de seus conselhos.
Mesmo após sua separação conjugal, Dagmar se tornou a provedora de sua família, trabalhando na área administrativa de uma escola até se aposentar. Sem se acomodar, ela voltou a estudar e continuou se dedicando ao seu trabalho como psicóloga, mesmo com o avançar da idade.
Sua vida foi interrompida de forma abrupta e trágica, no momento em que enfrentava a pandemia de Covid-19 e se adaptava ao atendimento remoto. Após realizar aconselhamentos online, ela sofreu um AVC em sua casa, falecendo aos 82 anos, deixando um legado de dedicação e amor aos seus familiares e pacientes.
Dagmar Aurélia Scatena foi uma mulher que jamais se limitou pelas convenções sociais e sempre buscou realizar seus sonhos, deixando um exemplo de determinação e superação para todos aqueles que a conheceram. Sua partida deixa uma lacuna no coração de seus entes queridos, mas seu legado de generosidade e empatia permanecerá vivo na memória de todos que tiveram a sorte de cruzar seu caminho.