Em um comunicado divulgado para veículos de imprensa, a defesa de Bolsonaro confirmou que ele ficou dois dias hospedado na embaixada, alegando que foi a convite para manter contatos com autoridades húngaras. No entanto, Carvalho questiona se a estadia do ex-presidente poderia ter sido motivada por outros interesses, como alcançar um status de refugiado ou exilado.
A visita de Bolsonaro à embaixada foi revelada pelo jornal norte-americano The New York Times, que teve acesso a imagens de câmeras de segurança mostrando a chegada e permanência do ex-presidente no local. A polêmica envolvendo a hospedagem de Bolsonaro surge em meio a investigações da Polícia Federal sobre uma suposta organização criminosa que teria agido na tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.
Na visão de Rogério Carvalho, as investigações em andamento da Polícia Federal e da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do 8 de Janeiro apontam para Bolsonaro como o possível mentor de uma tentativa de golpe no Brasil. O senador ressalta a importância de não deixar impune qualquer ato que atente contra a democracia e o Estado democrático de direito, afirmando que é fundamental para a manutenção da democracia punir aqueles que violem suas bases.
Como parte das funções de fiscalização do Senado, os senadores têm a prerrogativa de convocar o embaixador húngaro para prestar esclarecimentos sobre a hospedagem de Bolsonaro. A investigação do caso se mostra crucial para esclarecer os motivos por trás da estadia do ex-presidente na embaixada, e para garantir a transparência e o respeito às leis e acordos internacionais.
