O caso que resultou na demissão do tenente Lopez remonta a um trágico episódio ocorrido em agosto de 2011, quando a juíza Patrícia Acioli foi brutalmente assassinada por policiais militares do 7º Batalhão de Polícia Militar. A magistrada, que era titular da 4ª Vara Criminal de São Gonçalo, foi vítima de uma emboscada e acabou sendo alvejada por 21 tiros ao chegar em sua residência, localizada no bairro de Piratininga, em Niterói.
A atuação corajosa e determinada da juíza Patrícia Acioli, que decretou a prisão de mais de 60 policiais militares ao longo de sua carreira, acabou despertando a ira de alguns membros da corporação. Como resultado, 11 PMs foram condenados pelo assassinato da magistrada, incluindo o tenente-coronel Cláudio Luiz Silva de Oliveira e o tenente Daniel Santos Benitez Lopez, identificados como os mentores intelectuais do crime. Ambos foram sentenciados a 36 anos de prisão em regime fechado, demonstrando a seriedade com que as autoridades lidaram com o caso.
A demissão de Lopez representa um passo importante na busca por justiça e pela responsabilização dos envolvidos no trágico episódio que tirou a vida da juíza Patrícia Acioli. O governador Cláudio Castro envia um claro recado de que condutas criminosas e desvios de conduta não serão tolerados dentro da Polícia Militar do Rio de Janeiro, reforçando o compromisso com a transparência, a legalidade e a integridade no âmbito da segurança pública.