Brasil condena ataque terrorista em Israel e reação desproporcional; Ministro de Relações Exteriores presta esclarecimentos à Comissão de Relações Exteriores.

A Comissão de Relações Exteriores (CRE) recebeu em audiência nesta quarta-feira (14) o ministro das Relações Exteriores (MRE), Mauro Vieira. O objetivo da reunião era obter esclarecimentos sobre as ações do Brasil em relação aos conflitos na Ucrânia e na Faixa de Gaza, Palestina. Durante a sessão presidida pelo senador Renan Calheiros (MDB-AL), Vieira destacou a posição do Brasil condenando o ataque terrorista do Hamas a Israel em outubro de 2023, bem como a reação militar israelense em Gaza, que segundo o ministro, é considerada desproporcional.

O ministro reforçou o apoio do Brasil às iniciativas humanitárias na região, incluindo a operação de retirada de brasileiros, garantindo o acesso a água, luz, remédios e hospitais em Gaza. Além disso, foi ressaltada a necessidade de um corredor humanitário, cessar-fogo e retomada das negociações para garantir a segurança da população civil.

No que diz respeito à Ucrânia, Vieira afirmou que o Brasil condena a violação da integridade territorial ucraniana pela Rússia desde 2022 e reforçou o posicionamento pela busca de soluções diplomáticas para o conflito. Durante a audiência, senadores como Sergio Moro (União-PR) e Eduardo Girão (Novo-CE) questionaram a atuação do governo brasileiro em relação a outros países, como no caso do presidente Lula comparando a situação em Gaza com o Holocausto nazista.

Vieira também apresentou outras ações do Ministério das Relações Exteriores, destacando o retorno do Brasil à Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) e a expectativa de um acordo entre o Mercosul e a União Europeia. Além disso, o ministro anunciou a visita do presidente chinês Xi Jinping ao Brasil em novembro deste ano, e ressaltou a presidência do Brasil no G20, grupo das 20 maiores economias do mundo.

A audiência foi marcada por debates sobre as posições do Brasil em relação aos conflitos internacionais e a importância da atuação diplomática para a busca de soluções pacíficas. O ministro ressaltou a necessidade de manter relações com todos os países sem interferir em questões internas, garantindo a defesa dos princípios de direitos humanos e paz no cenário internacional.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo