Explosão em apartamento de militar causa 37 feridos em Campinas; coronel não tinha autorização para posse de granada.

No último sábado (24), um incidente grave ocorreu em um prédio na cidade de Campinas, interior de São Paulo, envolvendo o coronel da reserva Virgílio Parra Dias, de 69 anos. De acordo com as informações do delegado José Roberto Micherino Andrade, do 1º DP de Campinas, o militar não tinha autorização para armazenar uma granada em sua residência, o que levou à explosão que resultou no resgate de 44 pessoas e deixou 37 feridas devido à inalação de fumaça.

As investigações sobre o caso estão em estágio inicial, com a abertura de um inquérito policial e a apreensão de objetos no local. O delegado Andrade revelou que o Grupo de Ações Táticas (Gate) removeu uma granada e 20 kg de pólvora do apartamento, e ressaltou a importância de averiguar a procedência desses artefatos, podendo configurar um crime contra a União caso sejam de origem militar.

O coronel possuía 86 armas registradas, de diferentes modelos e calibres, segundo informações do Exército, mesmo que a polícia tenha encontrado 110 armas em sua residência. A confirmação do total de armas será revelado por meio de um relatório pericial, que também elucidará a quantidade de objetos analisados.

Dias foi encontrado ferido em uma praça na madrugada de terça-feira (27), devido a uma tentativa de suicídio. Ele está internado e sob ventilação mecânica, impossibilitando a sua prestação de depoimento até o momento. O prédio onde o incidente ocorreu foi liberado para os moradores, com exceção do apartamento do coronel, que permanece interditado até a conclusão da investigação.

O Comando Militar do Sudeste abriu um processo administrativo para investigar possíveis irregularidades relacionadas ao arsenal mantido pelo militar. O Exército afirmou que Dias possui registro válido como CAC (caçador, atirador e colecionador), que autoriza a posse e armazenamento de armas de fogo dentro das regulamentações legais.

Até o momento, a origem da granada e os detalhes sobre as armas registradas não foram divulgados pelo Exército. A situação permanece em aberto aguardando novas informações e esclarecimentos por parte das autoridades competentes.

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