De acordo com a prefeitura, não houve nenhum aditivo de 151% no contrato com o Instituto Gnosis. A única alteração teria sido um aditivo de 9,85% em 2022, dentro do limite legal de 25%. Além disso, a administração municipal nega a contratação de 75 médicos para apenas uma unidade de saúde, citando o aumento no número de equipes de saúde da família e de saúde bucal desde 2020.
Em relação ao Hospital Che Guevara, a prefeitura esclareceu que a operação da Polícia Federal não teve como alvo a unidade e que ela nunca teve ligação com o Instituto Gnosis. A administração municipal reforçou o compromisso com a transparência na gestão dos recursos públicos e afirmou que irá colaborar com todas as determinações judiciais.
A investigação da Polícia Federal teve como base um relatório de auditoria do Tribunal de Contas do Estado (TCE) do Rio, que apontou irregularidades na execução do contrato de gestão com o Instituto Gnosis. Segundo a PF, os aditivos no contrato elevaram o valor para mais de R$ 600 milhões, gerando um prejuízo estimado em pelo menos R$ 71 milhões.
A operação Salus, deflagrada pela PF, busca reunir provas sobre a falta de transparência na execução do contrato e falhas nos mecanismos de controle da atividade pública. Empresas, pessoas físicas, servidores públicos e empresários estão sendo investigados. A 2ª Vara Federal de Niterói também determinou a suspensão de servidores municipais envolvidos na execução e gestão das verbas destinadas à saúde municipal.
Diante das acusações e da operação da Polícia Federal, a prefeitura de Maricá reiterou seu compromisso com a lisura na gestão dos recursos públicos e se colocou à disposição para esclarecer todos os pontos levantados durante a investigação em curso.