Presidente argentino ameaça levar governadores à Justiça por cortes de repasses do governo federal na região da Patagônia.

O presidente da Argentina, Javier Milei, causou polêmica em uma entrevista concedida no último domingo (25) à emissora LN+, ao criticar fortemente os governadores da região da Patagônia. Os governadores ameaçaram interromper o fornecimento de petróleo e gás em resposta a cortes de repasses do governo federal. Milei classificou essas ameaças como demonstrações de “desconhecimento” e “ignorância”, destacando que um corte desse tipo representaria uma violação do direito de propriedade, configurando um delito passível de ação judicial.

Em sua fala, o presidente argentino afirmou que qualquer violação da lei nesse sentido seria levada à Justiça, ressaltando que as decisões a serem tomadas dependerão das determinações do sistema judiciário. Ele direcionou críticas específicas ao governador de Chubut, Nacho Torres, que lidera as ameaças de interrupção do fornecimento de recursos energéticos.

Milei não poupou palavras ao se referir a Torres, a quem chamou de “pobrezinho” e criticou por não ter lido corretamente um contrato, além de apontar deficiências na educação argentina que impedem a compreensão adequada das questões contratuais. O presidente ainda classificou os governadores que apoiam as ameaças de “políticos runfla”, termo usado localmente para descrever pessoas “imorais” ou “abjetas”.

Além das críticas aos governadores, Milei fez projeções otimistas em relação à economia argentina, mencionando a desaceleração da inflação no atacado e a redução do risco-país. Ele demonstrou confiança na capacidade de seu governo em implementar melhorias na política fiscal e destacou a possibilidade de eliminar restrições no mercado cambial no país.

Essa postura mais combativa do presidente argentino reflete um cenário de tensão e confronto dentro do cenário político do país, com divergências profundas entre o governo federal e os governadores das províncias. A situação deve continuar sendo acompanhada de perto, uma vez que pode impactar diretamente na estabilidade econômica e social da Argentina.

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