O ministro Silvio de Almeida manifestou sua preocupação com o caso nas redes sociais, solicitando que a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP) realize uma investigação rigorosa. Almeida determinou ainda o acompanhamento do caso pela ouvidora nacional de Direitos Humanos, Luzia Cantal, para garantir a correta apuração dos procedimentos adotados pelos oficiais envolvidos na operação. Houve relatos de senegaleses que testemunharam a ação policial e afirmam que Mbaye caiu do sexto andar de um prédio após os policiais entrarem na construção sem autorização judicial.
Uma manifestação foi realizada para pedir a investigação e punição dos policiais militares responsáveis pela morte do imigrante senegalês. Os participantes denunciaram a perseguição aos imigrantes senegaleses na região central de São Paulo e contestaram a versão de que Mbaye estaria envolvido em atividades criminosas. A antropóloga Amanda Amparo, presente no protesto, destacou a importância de levantar a questão da opressão enfrentada pela comunidade senegalesa na região.
A SSP informou que os policiais militares estavam realizando patrulhamento na área e identificaram um prédio onde supostamente ocorria o comércio de celulares roubados. Durante a ação, um homem foi detido com diversos celulares, mas conseguiu fugir pulando pela janela do prédio, vindo a falecer. O caso foi registrado como receptação, desobediência e morte acidental no 2º Distrito Policial de Bom Retiro.
A morte de Serigne Mbaye gerou uma grande comoção e preocupação não só pela perda de uma vida, mas também pela necessidade de esclarecer as circunstâncias que envolveram a ação policial. A comunidade senegalesa clama por justiça e por medidas que evitem novos episódios de violência e perseguição. A investigação do caso é essencial para garantir a responsabilização dos envolvidos e para promover a segurança e o respeito aos direitos humanos dos imigrantes na região.