Nesta sexta-feira, 16, agências de notícias russas e ocidentais informaram a morte do líder da oposição russa, Alexei Navalni, que estava preso em uma colônia penal em Kharp, no Ártico russo. O estado de saúde exato de Navalni era pouco divulgado e, até o momento, a porta-voz do ativista ainda não confirmou a morte. O governo do presidente russo, Vladimir Putin, alegou não ter informações sobre o motivo da morte de Navalni.
A morte de Navalni levanta questionamentos devido ao histórico de opositores de Putin que morreram em circunstâncias misteriosas. Em 2015, o político de oposição, Boris Nemtsov, foi baleado quatro vezes nas costas por um atirador desconhecido e, em 2013, o magnata Boris Berezovski foi encontrado morto no Reino Unido, onde vivia em exílio.
Outros casos de morte de opositores a Putin envolvem o chefe do grupo Wagner, Ievgeni Prigozhin, que morreu após a queda de um avião de pequeno porte ao norte de Moscou; Ravil Maganov, presidente da gigante petrolífera Lukoil, que caiu do sexto andar de um hospital em Moscou; além do ex-agente da KGB Alexander Litvinenko e da jornalista Anna Politkovskaya, que foram vítimas de envenenamento e assassinato, respectivamente.
Esses eventos levantam suspeitas recorrentes em relação à segurança de opositores do governo russo e a possíveis motivações políticas por trás de suas mortes. A morte de Navalni, especialmente após uma tentativa de envenenamento e detenção por parte das forças de segurança de Moscou, reforça as preocupações em relação à segurança e à liberdade de oposicionistas na Rússia.
Com a confirmação da morte de Alexei Navalni, a comunidade internacional aguarda por esclarecimentos sobre as circunstâncias que levaram à fatalidade do líder opositor, bem como medidas que podem ser tomadas para garantir a segurança e a proteção dos ativistas e opositores políticos na Rússia.
