Senadora alerta para emergência climática no Brasil e cobra responsabilidade do Parlamento diante de tragédia no Rio Grande do Sul

A senadora Leila Barros (PDT-DF), que preside a Comissão de Meio Ambiente (CMA), fez um alerta sobre a emergência climática que o Brasil está enfrentando, especialmente após os eventos extremos que assolaram o Rio Grande do Sul. Durante a reunião do colegiado realizada na última quarta-feira (8), a senadora destacou a importância do Parlamento em garantir uma legislação eficaz para minimizar esses eventos, recuperar áreas afetadas e promover estratégias para o desenvolvimento sustentável.

Ao iniciar seu discurso, Leila Barros ressaltou que a flexibilização das normas ambientais não resultará em mais desenvolvimento, enfatizando a responsabilidade dos parlamentares em apresentar propostas que repensem a ocupação de áreas de risco, estabeleçam políticas de zoneamento climático e promovam o desenvolvimento sustentável. A senadora também defendeu a preservação das matas nas margens dos rios para diminuir os impactos das chuvas intensas e a proteção da vegetação de restinga para conter os efeitos das ressacas do mar.

Para Leila, cada projeto de lei aprovado pelo Parlamento deve ser analisado sob a ótica da sustentabilidade e responsabilidade, a fim de evitar situações como as observadas no Rio Grande do Sul. Ela destacou a necessidade de adotar medidas que visem à restauração dos ecossistemas, ao planejamento de cidades mais inteligentes e adaptadas às mudanças climáticas, e à revisão dos meios de produção e consumo.

A senadora também chamou a atenção para a tragédia que atingiu o Rio Grande do Sul, com enchentes que deixaram um rastro de destruição e milhares de pessoas desabrigadas. Segundo dados da Defesa Civil, a região sofre com 95 mortos, 131 desaparecidos, 372 feridos e mais de 1,4 milhão de pessoas afetadas. Barragens sob pressão, hospitais danificados e colapso na infraestrutura são apenas alguns dos desafios enfrentados pela população gaúcha.

Diante desse cenário de calamidade, Leila Barros apelou para a união da sociedade civil e dos poderes públicos no resgate e assistência às vítimas. Ela enfatizou a importância de cobrar medidas efetivas para reduzir as emissões de gases do efeito estufa e promover a sustentabilidade, liderando pelo exemplo dentro do Legislativo.

A tragédia no Rio Grande do Sul serve como um alerta sobre os riscos da emergência climática e a urgência de ações concretas para enfrentar esses desafios. A atuação responsável do Parlamento e da sociedade civil é essencial para garantir a preservação do meio ambiente e a segurança das comunidades vulneráveis.

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