Líderes europeus defendem produção de armas em larga escala pela Europa em resposta às falas de Trump sobre invasão russa.

Líderes europeus, membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), expressaram a necessidade de expandir a capacidade de defesa da aliança, em resposta às declarações do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Durante um comício no sábado, 10, Trump afirmou que poderia encorajar a Rússia a agir contra países aliados que não cumprem a meta de gastos da aliança, estabelecida em 2% do Produto Interno Bruto (PIB) em defesa.

Essas declarações causaram preocupação e reações por parte dos líderes da Otan. O secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, respondeu enfaticamente, afirmando que qualquer sugestão de que os aliados não se defenderão mutuamente coloca em risco a segurança de todos e mina a cooperação entre os países membros. Além disso, Stoltenberg expressou a esperança de que os Estados Unidos, independentemente do resultado das eleições presidenciais, continuem a ser um aliado forte e empenhado.

O chanceler alemão, Olaf Scholz, também rejeitou as declarações de Trump, classificando-as de irresponsáveis. Scholz defendeu a produção em larga escala de armamentos pelos aliados como uma maneira de dissuadir possíveis agressores. Enquanto isso, a ministra espanhola da Defesa, Margarita Robles, pediu que as empresas de defesa do país façam um esforço para criar empregos e alcançar a meta de gastos da aliança até 2029.

As reações às declarações de Trump não se limitaram à Europa. O primeiro-ministro da Polônia, Donald Tusk, prometeu revitalizar as relações do seu país com outros europeus, afastando-se do período nacionalista do governo anterior. Trump surpreendeu os países periféricos da Otan, como a Polônia, históricas vítimas de agressões russas, causando muita ansiedade devido à guerra na vizinha Ucrânia.

Os comentários do ex-presidente americano ressaltam a importância dos compromissos e da cooperação entre os países membros da Otan. Além disso, destaca a necessidade de aprimorar a capacidade de defesa da aliança, o que tem motivado discussões sobre a produção em larga escala de armamentos, como forma de dissuasão. A expectativa é que esse debate continue, e que os países membros da Otan busquem fortalecer sua defesa coletiva e as parcerias internacionais.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo