Segundo as autoridades, Figueiredo Filho esteve envolvido em um esforço para incitar militares a aderirem a um golpe de Estado, juntamente com o general Braga Netto, o coronel do Exército Bernardo Romão Correa Neto, e o ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, Mauro Cesar Cid. As investigações apontam que a organização se dividiu em seis núcleos de atuação na tentativa de golpe, com diálogos que indicam uma ação coordenada para expor e pressionar os militares que não aceitassem aderir aos planos golpistas.
O general João Batista Figueiredo, antes de se tornar presidente da República, agiu nos bastidores da ditadura, com destaque na direção do Serviço Nacional de Informações (SNI), órgão responsável pelo monitoramento das atividades dos cidadãos.
A investigação também revelou a organização de uma reunião em Brasília, com a presença de oficiais com formação em forças especiais, que tinha como objetivo a execução do golpe de Estado. Além disso, foi encontrado um documento que serviria como um manifesto de oficiais superiores do Exército, com uma clara ameaça de atuação armada.
Paulo Renato de Oliveira Figueiredo Filho já havia sido preso anteriormente, nos Estados Unidos, por suspeita de integrar um esquema de pagamento de propinas a dirigentes do BRB, banco controlado pelo governo do Distrito Federal, em troca de recursos para a construção de um hotel no Rio de Janeiro.
O empresário também é alvo de vários processos judiciais em diversos tribunais. Ele foi afastado da programação da rádio Jovem Pan em 2021 e demitido em 2022, sob investigação do Ministério Público Federal por disseminação de desinformação.
A defesa de Figueiredo Neto não foi contatada para comentar sobre o caso.