De acordo com a dra. Silvia Graziani, oncologista e coordenadora do serviço de oncologia do Instituto do Câncer Arnaldo Vieira de Carvalho, o diagnóstico da leucemia pode ser obtido de forma relativamente simples através de um hemograma, exame disponível em qualquer Unidade Básica de Saúde ou de Pronto Atendimento. O hemograma de um paciente com leucemia mostra um aumento expressivo dos leucócitos e a presença de blastos, que são as células cancerígenas. Além disso, os sintomas incluem cansaço, queda da imunidade, hematomas pelo corpo e sangramentos espontâneos. A observação do comportamento da criança também pode ser crucial para identificar possíveis casos da doença.
A leucemia pode se apresentar em diferentes tipos, podendo ser aguda ou crônica, linfocítica ou não linfocítica. O tratamento geralmente envolve quimioterapia por indução, com a possibilidade de transplante de medula óssea. A dra. Silvia explicou que existem duas possibilidades de transplante: o alogênico, com a medula óssea de um doador compatível, e autólogo, quando é utilizada a medula óssea do próprio paciente em remissão completa. Para realizar o transplante, é fundamental contar com um banco de doadores compatíveis, como o Redome, um banco mundial de cadastro de doadores.
A doação de medula óssea é um procedimento espontâneo, e os interessados devem procurar um banco de sangue para fazer o cadastro e realizar os exames necessários. A idade ideal para ser um doador vai de 15 a 35 anos, e a captação da medula óssea é feita por pulsão óssea, um procedimento que requer internação por apenas um dia.
Segundo a dra. Silvia, a chance de cura da leucemia é alta, e muitas pessoas que tiveram a doença na infância conseguem levar uma vida adulta normal. A leucemia é considerada uma doença curável, com casos de tratamento bem-sucedido sendo frequentes, mesmo para subtipos mais agressivos da doença. No âmbito do SUS, a quimioterapia para a leucemia é considerada uma doença controlável e curável, evidenciando os avanços no tratamento dessa doença.
