De acordo com o porta-voz da Presidência, Manuel Adorni, não deve haver nenhum obstáculo para a aprovação da lei. Ele destacou que a primeira metade da proposta deve ser votada nesta semana. Milei assumiu o cargo em dezembro com a promessa de implementar um plano de “motosserra” para reduzir o tamanho do Estado e realizar cortes de gastos como medida de austeridade, visando restabelecer as finanças do país em bases sólidas.
Essas propostas foram bem recebidas pelos mercados e investidores, incluindo o Fundo Monetário Internacional (FMI), principal credor da Argentina. No entanto, o FMI alertou sobre dificuldades futuras para os argentinos comuns, com uma provável contração econômica este ano.
A “lei ônibus” é considerada uma parte chave do plano de reforma de Milei e espera-se que seja debatida na Câmara dos Deputados na quarta-feira, contudo o governo teve que retirar a seção fiscal principal após a oposição aos aumentos de impostos e reformas previdenciárias. Essa concessão foi vista como um passo importante para evitar a rejeição do projeto de lei no Congresso, onde Milei tem apoio apenas da minoria.
A expectativa da aprovação da lei impactou positivamente o índice de ações S&P Merval, que subiu 1% nesta terça-feira, enquanto os títulos soberanos também apresentaram leve alta. No entanto, o governo ainda enfrenta o desafio de cumprir as promessas de um déficit zero este ano, ao mesmo tempo em que busca reverter a contração econômica prevista pelo FMI, estimada em 2,8%.
Além disso, no mercado paralelo, onde as pessoas pagam um grande prêmio por dólares devido aos rígidos controles de capital, a taxa de câmbio estava significativamente acima da taxa oficial controlada nesta terça-feira.
Em resumo, o governo argentino enfrenta desafios significativos para implementar suas reformas econômicas e alcançar estabilidade financeira, mesmo com a expectativa de aprovação da “lei ônibus”. A situação econômica do país continua a demandar atenção e monitoramento, tendo em vista os desafios enfrentados atualmente.