Bancadas ruralista e evangélica se mobilizam contra o Plano Nacional de Educação do governo Lula, acirrando relação com movimentos conservadores.

As bancadas ruralista e evangélica do Congresso Nacional se uniram para criticar o PNE (Plano Nacional de Educação) do governo Lula (PT) e pedir o adiamento da Conae (Conferência Nacional de Educação) deste ano. Em nota conjunta publicada nesta quarta-feira (24), os parlamentares conservadores teceram duras críticas às políticas educacionais da gestão petista, mostrando mais uma vez a tensão entre o Executivo e o Legislativo.

Essa ação acirra ainda mais os ânimos da relação entre o governo petista e a ala mais conservadora do Congresso, e coloca novamente a educação como palco dessa disputa política. Não é a primeira vez que a bancada ruralista e a evangélica se mobilizam contra a gestão Lula. No ano passado, a bancada ruralista já havia criticado o Enem e pedido a anulação de questões relacionadas ao agronegócio.

Além disso, recentemente, após Lula revogar uma norma que suspendia um benefício tributário a pastores, a bancada evangélica fez críticas à gestão petista e pediu a retomada da vantagem. A Conae de 2024 foi convocada de forma extraordinária pelo governo Lula para debater o Plano Nacional de Educação e está marcada para começar no final de janeiro.

As frentes parlamentares criticam trechos do documento de referência da conferência e que deve balizar as discussões do grupo. Eles afirmam que há pontos com viés político e ideológico no documento, como a desmilitarização das escolas, o movimento Escola Sem Partido, políticas ultraconservadoras, além de temas como diversidade de gênero e religião, questões LGBTQIA+ e ambientais.

Essa tensão entre as bancadas conservadoras e o governo petista demonstra a oposição firme que esses grupos têm apresentado às políticas educacionais propostas pela gestão Lula. A bancada evangélica, juntamente com a ruralista, tem se mostrado ativa e fará parte das discussões na Conae, buscando defender suas posições e influenciar as políticas de educação apresentadas pelo governo.

Essa postura contrária à gestão petista fortalece a narrativa da oposição política e coloca em evidência as divergências existentes entre as diferentes alas políticas do Congresso Nacional. A educação, mais uma vez, se mostra como uma questão central nesse embate político, refletindo a polarização presente no meio legislativo brasileiro.

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