Segundo o procurador da República de Rennes, Philippe Astruc, a investigação revelou que outros dois navios vindos do Brasil também transportavam cocaína para a França, e a gestão logística ocorria em nível europeu, visando alimentar os canais de distribuição na França e em Portugal. As mercadorias apreendidas estavam destinadas a abastecer o mercado francês.
Seis pessoas foram interrogadas em dezembro, e um suspeito, preso por outros crimes, foi intimado pelo juiz de instrução. Durante as buscas, foram apreendidos diversos relógios e carros de luxo, munições para armas de categorias B e C, e uma quantia de 125 mil euros em espécie em uma mansão atribuída ao líder da gangue em Lisboa. Os quatro envolvidos na França são franceses, com idades entre 20 e 42 anos, e dois deles foram postos em prisão provisória.
Mandados de prisão europeus foram emitidos contra três cidadãos portugueses, homens entre 45 e 65 anos, e sua entrega à Justiça francesa está prestes a ocorrer. O terceiro suspeito detido em Lisboa solicitou tempo adicional para preparar sua defesa e foi colocado em prisão preventiva enquanto aguarda audiência marcada para a próxima quinta-feira.
O tráfico internacional de drogas é um problema recorrente e que envolve diversos países, especialmente aqueles com portos estratégicos para o transporte marítimo. A atuação das autoridades francesas e portuguesas para combater esse tipo de crime é fundamental para reduzir o impacto do tráfico de drogas na Europa. A cooperação entre os dois países é essencial para garantir que os responsáveis sejam responsabilizados de acordo com a lei e para prevenir futuros casos semelhantes. A expectativa é de que a investigação e o julgamento dos envolvidos ajudem a desmantelar redes de tráfico de drogas e a proteger a população dessas atividades ilegais.