Comissão da Câmara discute paralisação de acordos de reparação do crime socioambiental de Mariana pela Fundação Renova

Comunidade em Mariana oito anos depois do rompimento da barragem

Nesta terça-feira, a comissão externa criada pela Câmara dos Deputados para fiscalizar os rompimentos de barragens irá se reunir para discutir a paralisação das negociações sobre a repactuação do acordo de Mariana. A reunião está marcada para o plenário 4, a partir das 14 horas.

Desde 2021, a repactuação dos acordos está sendo mediada pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) após o fracasso das reparações conduzidas pela Fundação Renova, representante da mineradora Samarco. A Samarco era responsável pela barragem de Fundão, que se rompeu em 2015, deixando 19 mortos e causando um impacto econômico, social e ambiental significativo na cidade de Mariana.

Recentemente, a comissão aprovou o relatório do deputado Helder Salomão, que contém recomendações de ajustes nos acordos de reparação do crime socioambiental de Mariana. Entre os ajustes propostos estão a ativa participação dos atingidos na repactuação e a aplicação dos recursos exclusivamente nos municípios afetados.

O deputado Rogério Correia, que solicitou a audiência, destacou a magnitude do desastre ambiental, considerado o maior do Brasil. A tragédia continua a afetar a vida das pessoas e o meio ambiente, exigindo soluções efetivas para reparar os danos causados.

A situação de Mariana continua a ser um exemplo perturbador dos impactos devastadores dos rompimentos de barragens e da importância de medidas eficazes para a reparação e prevenção de futuros desastres.

Ainda há muito trabalho a ser feito para garantir que a comunidade de Mariana tenha suas necessidades atendidas e que a responsabilidade das empresas envolvidas seja cumprida. É essencial que as autoridades continuem a pressionar e buscar soluções que ofereçam justiça e alívio para aqueles que foram afetados por essa tragédia.

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