De acordo com a assessoria do Palácio do Planalto, Lula transmitiu a crescente preocupação dos países da América do Sul sobre a questão do Essequibo. Ele expôs os termos da declaração aprovada na Cúpula do Mercosul, assinada por Brasil, Uruguai, Paraguai, Argentina, Colômbia, Peru, Equador e Chile. O presidente também enfatizou a longa tradição de diálogo na América Latina e a importância de manter a região como uma zona de paz.
A situação em Essequibo ganhou destaque após a Venezuela aprovar em um referendo a anexação do território e o presidente Maduro determinar a criação de um estado na área disputada, que está no território da Guiana. O assunto também foi discutido no Conselho de Segurança das Nações Unidas e os Estados Unidos anunciaram a realização de exercícios militares aéreos conjuntos com a Guiana, aumentando ainda mais a tensão na região.
Durante a conversa com Maduro, Lula fez um apelo ao diálogo e sugeriu que o presidente de turno da Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), Ralph Gonsalves, faça uma mediação sobre o assunto entre as duas partes envolvidas. O presidente brasileiro reiterou a disponibilidade do Brasil em apoiar e acompanhar essas iniciativas e pediu que não haja ações unilaterais que piorem a situação.
A discussão sobre Essequibo marca um momento delicado nas relações entre Venezuela, Guiana e Brasil, especialmente devido à localização estratégica do território disputado. O presidente Lula demonstrou atenção e empenho em buscar uma solução pacífica para a questão, refletindo o compromisso do Brasil com a estabilidade da região.
