Policial militar mata homem de 77 anos em delegacia na zona leste de São Paulo durante ameaça com faca

Um caso de violência policial chocou a zona leste de São Paulo na noite de segunda-feira (6). Um homem de 77 anos, identificado como João Batista Medeiros, foi morto por um policial militar nas dependências do 50° DP (Itaim Paulista). O incidente ocorreu durante o registro de uma ocorrência de violência doméstica, para a qual o idoso não tinha qualquer ligação.

De acordo com relatos oficiais, Medeiros se aproximou de um dos policiais do lado de fora da delegacia e mostrou uma faca, afirmando estar cansado. Ele teria expressado o desejo de morrer e caminhado na direção dos agentes, ameaçando-os com a arma branca. Uma policial militar tentou atingi-lo com uma arma de choque, mas sem sucesso. Um policial civil também efetuou disparos, que não foram suficientes para conter Medeiros.

Em um momento de tensão, o idoso teria corrido em direção a um dos PMs, que acabou atirando contra ele. Medeiros foi atingido no abdômen e, apesar de ter sido levado ao Hospital Santa Marcelina do Itaim Paulista, veio a falecer.

A delegada Aline de Lima e Lins Rocha avaliou que o policial agiu em legítima defesa, e nenhum dos agentes envolvidos foi preso. As armas dos policiais e a faca que estava com o idoso foram apreendidas e encaminhadas para a perícia.

Este caso reacende debates sobre o uso da força policial e a abordagem de situações envolvendo pessoas em estado de vulnerabilidade, como aparentemente era o caso de João Batista Medeiros. A família da vítima exige um posicionamento e uma investigação minuciosa sobre a conduta dos policiais envolvidos.

O fato também levanta questões sobre a preparação e capacitação dos agentes para lidar com indivíduos em crise, especialmente considerando a idade avançada de Medeiros. Espera-se que as autoridades responsáveis conduzam uma investigação transparente e justa, visando esclarecer os eventos que resultaram na morte deste cidadão. A comunidade local clama por justiça e por medidas que evitem a repetição de tragédias como esta.

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